"Estou bem. É... Não estou onde deveria, gostaria e poderia estar, mas estou bem. Estou bem por conseguir enxergar que apesar das minhas crises existenciais, hoje consigo jogar pra fora de mim tudo aquilo que se escondeu durante tanto tempo, seja através de um post feito na correria, um poema em livros de autores que amo, uma musica cantada, um sorriso simples, uma longa conversa, meia dúzia de palavras. Sei lá. Sou tão confusa, tão estranha, tão imprevisível. E hoje me gosto assim, foi-se o tempo em que somente encontrava defeitos em mim, no meu corpo, no meu rosto, na minha personalidade, na minha alma. O que não gosto tenho mudado,o que gosto tenho aperfeiçoado. Acredito estar descobrindo a alegria de viver a vida como ela é, sem fantasiar, mas sonhar, sem idealizar, mais planejar, com ou sem expectativas aprender diariamente o que é realmente ser feliz. Perceber meus valores mudando. Meus medos se dissipando, minhas crises não fazendo mais sentindo. Perceber que existem varias mulheres dentro de mim que tem me tirado o sono.Varias mulheres morando nessa confusão que eu chamo de "minha vida”. Existe mulher meiga, sonhadora, carente, confusa. Outra louca, inconstante, intensa. Existe aquela meio termo, em busca do equilíbrio, dos bons sentimentos, dos bons momentos, da coerência, da plenitude, dela mesma. Um dessas especialmente gosto mais, criança impulsiva, brava, engraçada, carente, teimosa, às vezes imprudente, às vezes tímida, criança que não quer crescer, e ama viver! Ama olhar o sol se por, sentir cheiro de chuva, se lambuzar de chocolate, abraçar apertado. Cheirar, sentir, tocar, sem medo, sem receio, sem não me toques. Essa criança grande encosta no seu travesseiro antes de dormir, e emocionada chora por perceber, o privilégio de tudo que tem vivido,pelas surpresas, pelas dificuldade, pelas conquistas,por algumas perdas. Porque apesar de tudo ela ainda sabe SENTIR e isso não tem preço."
Nenhum comentário:
Postar um comentário